Estudos científicos mostram que 33% da terra agricultável do planeta se encontra imprópria para cultivo devido às ações antrópicas. As projeções apontam para 10 bilhões de pessoas em 2050 e teremos que alterar drasticamente nosso modelo de cultivo para abastecer toda a população. A agricultura convencional é disparadamente o setor que mais consome água doce do mundo. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 70% da água doce do planeta é utilizada para irrigação. Para se produzir um quilo de arroz, por exemplo, é necessário gastar entre mil e três mil m³ (toneladas) de água. Além disso, a agricultura é uma das principais fontes de emissão dos Gases de Efeito Estufa (GEEs). O desmatamento e a agropecuária foram responsáveis por aproximadamente 75% das emissões de CO2 no Brasil em 2020 segundo o SEEG (Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa).

Sistemas Agroflorestais (SAFs) são florestas de comida produtivas implementadas por agricultores que buscam trabalhar em confluência com a natureza. Neles, o papel do ser humano é de planejar, implementar, monitorar e manejar os elementos dispostos, principalmente as árvores, o solo, as águas, e todas as espécies presentes. A confluência entre agricultura e ecologia impulsiona sistemas produtivos mais complexos, mais resilientes e sustentáveis. Em SAFs, há uma priorização pela coexistência de espécies diversas, para que haja interação e simbiose, em processos onde plantas, micro e macro organismos beneficiam-se uns aos outros. Diminui-se, assim, a necessidade de empregar custosos insumos, extinguindo-se também a necessidade de herbicidas, pesticidas e outros químicos comumente utilizados em sistemas convencionais de produção agrícola, nocivos à saúde humana e planetária. Os produtos provenientes das culturas agroflorestais são superiores em nutritividade, saúde e sabor. As culturas aqui abrangidas incluem a silvicultura, a fruticultura, a floricultura, a produção de óleos medicinais, a melicultura, a criação animal, dentre outras. E mais – nos sistemas agroflorestais todas essas culturas podem coexistir em um mesmo espaço. Horticultores agroflorestais, por exemplo, otimizam seus espaços e cultivares, atingindo de 150% a 400% de aproveitamento econômico por área de canteiro, quando comparado a áreas de monocultivo usando a mesma quantidade de irrigação e adubação (NETO et al., 2016).

Agrofloresta é a solução que mais atende os objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU. São 9 de um total de 17. Desde erradicar a pobreza e a fome até proteger a vida terrestre e ajudar na luta contra as mudanças climáticas. Entre os inúmeros impactos socioambientais positivos, podemos destacar: Impactos Ambientais: Recuperação de áreas degradadas Otimização de sequestro de CO2 por área Melhoria da qualidade dos solos Proteção dos mananciais hídricos Diversificação das culturas e produção Aumento da biodiversidade Impactos Sociais: Melhoria da qualidade de vida d@ Agricultor@ Elevação da produtividade por área Geração de resiliência econômica Garantia de segurança alimentar Fortalecimento do mercado de produtos sustentáveis Fornecimento de alimentos mais nutritivos (além de orgânicos) à população. A conexão de empresas com agricultores regenerativos fortalece a cadeia produtiva e incentiva novos plantios em sistemas agroflorestais, potencializando ainda mais o impacto positivo.

Temos como missão propagar o cultivo em sistemas agroflorestais como instrumento eficaz na luta contra as mudanças climáticas. Desta forma, somos a ponte entre empresas que buscam melhorar os indicadores ESG e agricultores que produzem em modelos regenerativos. Realizamos essa conexão através do plantio de árvores para compensação dos gases de efeito estufa, empresas assim contribuem com a agricultura regenerativa trazendo uma fonte de renda extra as famílias e gerando impacto positivo no planeta.

O plantio de árvores acontece em propriedades de pequenos agricultures regenerativos cadastrados na plataforma após análise e aprovação da Agroforestry Carbon. Essas propriedades cadastradas cultivam em sistemas agroflorestais e estão presentes em todos os biomas brasileiros.

Uma das classes que mais irão sofrer as consequências do aquecimento global são os pequenos agricultores pois não terão mais condições climáticas ideais para cultivar seus alimentos e perderão muitas vezes sua principal fonte de renda. Essas são as pessoas que mais vão sofrer com as mudanças climáticas e na maioria das vezes estão fora de políticas públicas e privadas como por exemplo pagamento por serviços ambientais e créditos de carbono. Desta forma, realizamos a compensação das emissões de gases do efeito estufa de empresas, obras, eventos e pessoas físicas com o plantio de árvores em sistemas agroflorestais familiares, levando recurso financeiro de forma rápida, objetiva e transparente, além de gerar conexões com meios acadêmicos, institucionais e corporativos.

As mudas plantadas são espécies arbóreas de ciclo longo, ou seja, que ficam no sistema por mais de 20 anos (exceto anuais e espécies plantadas com intuito para lenha) e podem ser utilizadas para enriquecimento ou implementação de novas áreas.

Todos os plantios tem contrato assinado com agricultor que se responsabiliza a plantar e monitorar as árvores. Além disso, para garantir rastreabilidade no processo, utilizamos um aplicativo mobile onde o agroflorestor tira foto e geolocaliza cada árvore plantada, identificando também a espécie. Isso permite à nossa equipe e outros agroflorestores independentes realizarem o trabalho de campo para verificação do plantio.

Analisamos o CAR (Cadastro Ambiental Rural) da propriedade para checar pendências ambientais e os documentos do agroflorestor para conferir pendências fiscais e judiciais. Por fim é assinado um contrato do acordo firmado para garantir o plantio das mudas e proteger os agricultores e as empresas

Adquirindo nosso plano de assinatura você está ajudando a transformar o planeta através do plantio de árvores em sistemas agroflorestais de pequenos agricultores. Ao assinar, você garante acesso a área de membros onde tem disponível o Manual do Selo, Selos Monocromáticos (PDF e Adobe Ilustrator), mapa das árvores plantadas para compensação e conteúdos exclusivos para assinantes.

Nosso selo é uma certificação que fortalece o compromisso de empresas e pessoas com o meio ambiente. Ele comprova que nossos clientes compensaram carbono financiando o plantio de árvores em sistemas agroflorestais e transformando o valor de suas ações em impacto positivo ao planeta e sociedade. Ele pode ser utilizado por quem tiver realizado a compensação através dos serviços da Agroforestry Carbon. A partir do QR CODE é possível acessar a área onde foi realizado o plantio relativo aquela empresa, obra, evento ou produto. Sendo assim, nosso selo garante rastreabilidade e transparência em todo o processo, gerando credibilidade para todos os stakeholders. Obs: o selo pode ser utilizado em todas as cores para se adaptar a sua embalagem, redes sociais, eventos, produtos, etc.

O selo tem validade anual, onde você tem a garantia que foram compensadas o número de árvores relativos a seu plano de assinatura. Ao cancelar a assinatura, você não pode mais utilizar o selo em seu site, produtos, redes sociais, etc. Obs: Para produtos, será analisada a data de fabricação para não ter problemas com embalagens que já estão nos supermercados.

Não. O agroflorestor pode utilizar o recurso para qualquer atividade relacionada ao plantio (mão de obra, insumos, equipamentos, etc). No entanto, deve entregar como contrapartida a geolocalização das árvores plantadas e suas respectivas espécies. Além de registros que comprovem o plantio.

É um termo utilizado para indicar a remoção de gás carbono (CO2) da atmosfera e a sua transformação em oxigênio (O2). Esta remoção acontece de forma natural através da absorção pelas plantas, solos e oceanos. Um dos principais atores no sequestro de carbono são as plantas que através da fotossíntese transformam energia solar em carboidratos que formam sua biomassa. Resumindo, sequestram o CO2 da atmofesta, liberam o Oxigênio (O) e estocam o Carbono (C) em suas raízes, folhas e troncos.

Como estamos tratando de sistemas complexos que envolve diversas variáveis (espécies, densidade de plantio, geolocalização, tipo de solo, bioma) ainda é muito difícil realizar a quantificação de carbono nesses sistemas. Há estudos científicos da Embrapa Florestas que comprovam que os sistemas agroflorestais sequestram mais carbono da atmosfera do que outros modelos de cultivo e restauração florestal. Isso se dá, principalmente aos seres humanos atuarem como motores de aceleração dos processos naturais através da poda e manejo da floresta. Desta forma, para sermos conservadores, adotamos como média o valor de 0,165 tC02eq ou 165kg de CO2eq sequestrado por árvore nos seus primeiros 20 anos de vida. Esse estudo foi realizado pelo Instituto Totum e pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ) em parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica. Obs: Estamos desenvolvendo estudos científicos junto de instituições e universidades federais nas propriedades dos agricultores parceiros para quantificar o carbono em agrofloresta através de análises de solo de alto padrão. Esses estudos serão mais assertivos a respeito do sequestro de carbono diante das diversas variáveis que temos.

A resposta é: depende. Diversas variáveis interferem na quantidade que uma árvore sequestra de carbono durante sua vida, como por exemplo: material genético, espécie, tipo de solo, geolocalização, densidade do plantio, adubação, poda, entre outras. Realizamos análises para quantificação e estimativa de carbono por árvore em sistemas agroflorestais de algumas regiões do Brasil e os resultados variaram entre 127 a 232 quilos nas árvores de ciclo longo. Estudos realizados pela ESALQ , Instituto Totum, Fundação Mata Atlântica, Embrapa e Cooperafloresta também apresentam números dentro desses limites. Sendo assim, em nossas metodologias, adotamos como padrão que 7 árvores são responsáveis pelo sequestro de aproximadamente 1 tonelada de carbono da atmosfera. A temporalidade de 20 anos é definida, pois, à partir desse tempo as árvores no geral tem um balanço de carbono quase 0.

O Inventário de GEE é o raio-x das emissões de uma empresa, ele permite quantificar emissões diretas e indiretas de gases poluentes provenientes de um produto ou uma empresa. Esse inventário também pode ser aplicado a eventos, plantas industriais, governos ou atividades específicas. A Agroforestry Carbon utiliza a metodologia internacional do GHG Protocol (Greenhouse Gases Protocol). Essa ferramenta foi desenvolvida pelo IPCC (International Panel For Climate Change), referência mundial nos estudos contra as mudanças climáticas. O Protocolo GHG foi adaptado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) junto com o Ministério do Meio Ambiente e o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), World Business Council for Sustainable Development (WBSCD). Os Inventários seguem os padrões da Norma Brasileira de Mudanças Climáticas – ABNT NBR ISO 14064 que é uma série de diretrizes técnicas com princípios e requisitos para desenvolver, relatar e gerenciar inventários de Gases de Efeito Estufa (GEE).

Entre os muitos benefícios do Inventário de GEE, podemos citar os principais: Permite conhecer as fontes poluentes e formas de diminuir os impactos; Promove adoção de processos produtivos com eficiência energética e econômica; Obtenção de um registro histórico dos dados; Torna a empresa mais competitiva; Abre novas oportunidades de negócios internacionais; Ajuda a atrair investimentos; Melhora a imagem corporativa no mercado; Facilita processo de licenciamento ambiental; Permite realizar a compensação das emissões; Melhora os indicadores ESG; Adequação a futuros marcos regulatórios; Mostra que a empresa assume compromissos ambientais e atua contra as mudanças climáticas.

Sim, de acordo com o resultado do seu inventário você pode realizar a compensação em sistemas agroflorestais. É só entrar em contato conosco clicando aqui.